Com base na estimativa de que a mulher faz uso de aproximadamente dez absorventes descartáveis em cada ciclo menstrual, e entre dez e 15 mil unidades da puberdade até a menopausa, alunos do curso Técnico em Administração da Escola Adolpho Bloch, unidade que pertence a Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), incentivados pelo programa de empreendedorismo Junior Achievement (JA), organização não governamental e sem fins econômicos, criaram a empresa BioFlux e desenvolveram o absorvente sustentável Absoft.
A ideia foi pensada em como minimizar os impactos do descarte de absorventes no meio ambiente, além de estimular o espírito empreendedor nos jovens em idade escolar. Isso porque no Brasil, não existe reciclagem para esse tipo de resíduo. O material é descartado em lixões e aterros sanitários, gerando um problema ambiental. Pesquisas revelam que os absorventes higiênicos demoram em média 100 anos para se decompor.
O produto foi criado pela aluna Camila Parcial, que atua como diretora de recursos humanos na empresa. A ideia surgiu após ela ter refletido sobre a sugestão do professor orientador do projeto, Francisco Fernandes, para que os alunos pensassem em algo que transformasse de forma sustentável a vida das pessoas.
– Fui para casa e fiquei pensando o que poderia impactar positivamente na vida da população e que não agredisse o meio ambiente. Na minha casa moram quatro mulheres, vez ou outra, acabamos ficando no período menstrual juntas. Nós produzíamos um grande descarte de absorventes e a minha mãe gastava muito dinheiro com isso. Levei a ideia para o grupo de criar um absorvente ecológico, e ela foi bem recebida – conta a aluna, que já faz o uso do produto.
Коментарі